quinta-feira, 3 de outubro de 2013

RESPOSTA A FILIPE MALHEIRO


O senhor Filipe Malheiro (FM) em artigo de opinião no Jornal da Madeira de 19 de Setembro de 2013 abordou, no artigo “antecipações perigosas”, a situação política-eleitoralista de Santa Cruz, visando o grupo de cidadãos Juntos Pelo Povo (JPP).


Como nota de abertura refiro que, após a publicação do texto de FM, não tive tempo e discernimento para responder com sobriedade, porque o trabalho de campo em Santa Cruz esgotava a capacidade de alerta para versões calculistas e micro-partidárias da sociedade santacruzense. Ora vejamos:

 1. FM demonstrou preocupação sobre a constituição das listas do grupo de cidadãos assunto que, ao invés de outras forças politico-partidárias, foi tratado internamente, sem fuga das estratégias para fora. O que reforça a unidade e a harmonia da equipa. Vão-se habituando.

2.      O JPP não é um grupo originário de Gaula, ou como apregoa, ao estilo pejorativo e ostracista do presidente do governo a “coligação de Gaula”. O JPP é um grupo diversificado e pluralista de cidadãos de todo o concelho de Santa Cruz. Nada mais, nade menos. Ponto final.

3.      FM fala de “encenação à volta da candidatura”. Bem, o que não direi da obsessão diária do seu Jornal da Madeira, que custa ao erário público mais de 10 mil euros diários, em aflorar Jorge Baptista como o “herói” e o “novo” salvador da Comarca de Santa Cruz, o libertador das finanças camarárias, o temerário combatedor dos incêndios …

4.      Filipe Malheiro, desconhece os valores e a filosofia reinante no grupo JPP. É compreensível. FM é, além de um cidadão atento, também um “produto” de uma escola partidária, que se move pelo tacticismo calculista de “interesses” em detrimento de “pessoas”. Por isso, é-lhe incompreensível, por visão sectária, ver trabalhar em prol da sociedade gente da dita “esquerda” e da dita “direita”. E ainda tem o desplante de falar dos partidos que faliram o País e da troika, tendo à beira da janela o seu PSD-Madeira (da qual é militante), e o rosto do presidente do governo que faliu a Madeira e assinou um Plano de Assistência Financeira à República.

5.       Diz, ainda, Filipe Malheiro que não é por via da eleição de uma junta ou de uma câmara que se resolve os problemas de uma região ou de um País. Está redondamente enganado. A mania das grandezas, a inferiorização da geografia humana e física é típica de um regime autoritário e do pensamento centralista. Qualquer “revolução” tem um começo e um epicentro. E, quer ou não queira, já começou.


2 de Outubro de 2013.

domingo, 15 de setembro de 2013

SANTA CRUZ E A OPOSIÇÃO


Tem sido curioso observar o modelo como alguns colegas de outras forças políticas se posicionam relativamente às próximas eleições autárquicas de Santa Cruz. Julgo, na minha modesta opinião, que nas opções que se transmitem cá para fora persiste mais calculismo que intuição.

Desde que o Presidente da República marcou as eleições para 29 de Setembro do presente, (e que algumas forças politicas da maioria já o sabiam, antes da divulgação oficial), vários partidos, entre os quais o PSD e a CDU, têm virado os holofotes para a oposição, nomeadamente para o JPP.

Em primeiro lugar, o PSD, que governa Santa Cruz há mais de 30 anos, tenta passar a ideia de que o grupo de cidadãos tem funções executivas no governo da câmara, ou seja, que exercita com pelouro a gestão municipal. Pura falácia. Uma simples consulta atenta, ali se verifica que os colegas sociais-democratas pura e simplesmente não executam as propostas da oposição, recaindo sobre o presidente essa função responsável.

Por outro lado, a CDU/PCP tenta a todo o custo observar os aspetos menos positivos, ignorando simplesmente as medidas sociais e de proximidade que o JPP impôs em Santa Cruz. Notoriamente a CDU está a fazer campanha com o auxílio do Excel, ou seja, tenta capitalizar votação e sustentação social no leque dos partidos que apoiam o grupo de cidadãos eleitores, sobretudo impondo uma deslocação à tradicional esquerda.

Suponho que seja uma estratégia demasiadamente calculista, pois ignora deliberadamente o que também de bom e de justo se fez em Santa Cruz.

Portanto, temos por um lado, um partido, PSD, governante, que tenta se desresponsabilizar das promessas efetuadas. E, por outro, a CDU que conhece intuitivamente os valores democráticos do JPP, mas que assobia para o lado, na procura incessante da expressão votativa.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

SANTA CRUZ: O FUNCHAL VEM EM PESO

Segundo o DN de hoje "Alberto João Jardim tem agendado 39 presenças em outros tantos convívios e vai estar no adro de nove paróquias, mas somente em dois concelhos: São Vicente e Santa Cruz.! ", SANTA CRUZ. Mas o candidato do PSD, Jorge Baptista, não afirmou que "estas eleições não eram para o Alberto João" (cito).

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A OBSESSÃO


Miguel Fonseca aguardava há muito que a ferida aparecesse para lá colocar o dedo e o objeto pontiagudo.

É típico dos teóricos isolacionistas comportarem-se desse modo. Quando são alvo de refutação (pois se acham no direito exclusivo de contestar os outros, e jamais serem controvertidos) laboram, noite e dia, para o novo “inimigo” que o contraria. E vale tudo, para abater o JPP.

Pois bem, é interessante observar este modelo, que procura ver nos outros, as fragilidades de si-próprio.

Cismou com uma ata que, até hoje, não foi contestada a sua veracidade, e no qual foi responsável pelo que lá está, e pela interpretação de momento.

Ainda estou à espera da “ata” supostamente original, que diz ser portador. Enfim, deve estar eminente um novo “regime pessoal de acesso aos documentos administrativos”, com certificação deliberada para proveito, ao Miguel Fonseca.

Fragilizado pela refutação, porque não está quotidianamente habituado, apela aos socialistas, comunistas, trotskistas, estalinistas, bloquistas e santacruzenses em geral (…) a construção de um novo exército contra essa dita “praga” oriunda do Povo.

Afirma que é preciso: “travá-los, enquanto é tempo”. (SIC).

Nunca pensei que o Miguel garantisse, ao JPP, tanta importância. Ao ponto converter quase diariamente um cismada mania pelo grupo de cidadãos eleitores.

Nasceu uma nova obsessão em Santa Cruz.

A dialética cidade-campo, teoria-prática, boa e má moeda, têm destas coisas.


sexta-feira, 23 de agosto de 2013

“ATIRAR AREIA” PARA OS OLHOS – ser directo, ser gaulês.


É curioso observar como o PSD de Santa Cruz tenta, injustificadamente, culpabilizar o JPP pelo não cumprimento das suas promessas no manifesto eleitoral a sufrágio, em 2009.

O manifesto em causa, do JPP, respeitava ao Município de Santa Cruz (ou seja, à Câmara de Santa Cruz), e portanto não às juntas de freguesia, inclusive à de Gaula, como aquela força quer fazer passar.

O fenómeno mais interessante diz respeito ao candidato do PSD à Assembleia de Freguesia de Gaula, Pedro Freitas, que ao invés de trazer debaixo do braço o manifesto do PSD vencedor em Santa Cruz (recorde-se, porque é elementar que foi o PSD a vencer a Câmara de Santa Cruz), carrega obcecadamente o panfleto do JPP, derrotado pelo PSD.

Portanto, o que deve ser avaliado é o PSD e não o JPP. O caso da Gaula, como pessoa colectiva “junta” é outra história.

Mas vejamos, entre outras, as promessas do PSD, inclusive do ora candidato e vereador Jorge Baptista em 2009, para a Freguesia de Gaula, sem concretização (com imagens em anexo):

- “Alargamento da vereda da Levada da Torre
- Requalificação da antiga Escola da Fazenda para infantário
- Alargamento e Pavimentação da ligação Faia-Lombo
- Ligação da Rua do salão à Rampa do Salão
- Centro Cívico da Achada
- Ligação da Rampa do Pomarinho à Travessa do Lagar do Carvalho
- Ligação Achada de Cima/Clemente Tavares (Vereda do Galinheiro)
- Prolongamento do Impasse José Pereira de Nóbrega”

Jorge Baptista, candidato à Câmara pelo PSD, interlocutor principal de Passos Coelho do PSD (que quis fechar a freguesia de Gaula, e os serviços desta autarquia aos gauleses, e que cortou ao seu orçamento mais de 10 mil euros); e Pedro Freitas, candidato à Assembleia de Freguesia pelo PSD, encarregado principal de Jorge Baptista, que cortou à Freguesia e aos gauleses mais de 10 mil euros ano, por via do corte do protocolo com as juntas, são duas peças de um puzzle que levaram Santa Cruz à falência.

Aumentaram os impostos aos gauleses, com o seu PSD: aumentaram o IMI, as taxas e a derrama sobre as empresas.


Pois bem, trajados de laranja, vem acenar com o verde, porque suspeitam que o Povo é fluorescente, isto é, tapado ...


quarta-feira, 19 de junho de 2013

O SOCIAL-DEMOCRATA VEM TARDE...


Uma das promessas eleitorais que o PSD Santa Cruz reside em implementar, em caso de vitória, é o chamado “Cartão Social Municipal”, e que segundo os nossos colegas social-democratas será “alargada a todo o concelho e não só a uma freguesia, na sequência de vários protocolos a celebrar com os mais variados ramos de negócio do concelho e não só às farmácias”. Perante estas palavras é óbvio, que a medida social posta em prática pelo JPP de Gaula, nomeadamente do apoio à aquisição de medicamentos, tem incomodado, e muito.

Em 2009, quando o JPP prometeu a medida de “Apoio aos Medicamentos” para pensionistas e reformados, o PSD prometeu “mundos e fundos”, que já tinha modelos pensados, blá, blá, blá, e até ao momento nada. Agora, vem prometer, depois do apregoado betão, um mero cartão de plástico, e com uma dívida de betão de mais de 43 milhões de euros.

Mas, o incómodo é tanto quando vemos transparecer nas palavras a irredutível comparação com Gaula, pois vejamos novamente: “Uma medida que no nosso entender é mais justa, por não se tratar de distribuir valores ao acaso sem objectivo definido.”

Gostei, sobretudo pela ignorância dos mesmos, pois foram auscultados e opinantes antes da implementação do projecto de Gaula, e pelo regime de apoios ter um uma postura devidamente regimentada e publicada em Diário da República.


Viva, ao social, porque a democracia ora faz-se socializando, ora faz-se propagandeando.